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quarta-feira, 18 de julho de 2012

MOTOCICLETAS EM SÃO PAULO

Assembléia Legislativa de São Paulo
Parte MOTOCICLETAS do relatório apresentado por Vicente Bicudo como Conselheiro Temático de Transportes do "Fórum SP século 21"anterior ao Plano Diretor da Gestão Marta Suplicy.


MOTOCICLETAS

1- O achatamento da pirâmide salarial aumentou a base na faixa acima de três salários mínimos, em que em São Paulo a moto economiza 2/3 do tempo de transporte do trabalhador, que não tem Transporte de Massa com qualidade da origem ao destino comparáveis a Curitiba ou às metrópoles de outros países. Agrava São Paulo a Lei do Zoneamento que obriga toda a população a tomar condução para ir ao supermercado, à farmácia, à escola, ao trabalho, ao médico, à indústria etc. Os grandes conjuntos habitacionais estão, pela referida lei, em áreas proibidas para atividades industriais ou de grandes demandas de emprego. A criada necessidade de transporte foi o que mais se desenvolveu na cidade sem Plano Diretor, obrigatório por lei federal, mas não cumprida pelos sucessivos prefeitos e vereadores. São Paulo é órfã de Prestes Maia.
2- Os congestionamentos de São Paulo desenvolveram a atividade de motofrete. O Departamento de Transportes Públicos da Secretaria Municipal de Transportes está regulamentando a atividade identificando os prestadores de serviços, a exemplo do que ocorre com os taxistas. A CET ministrará cursos para motoboys, que os habilitará a motofretistas.
3- Nos últimos 5 anos com o Plano Real tivemos o desenvolvimento das indústrias fabricantes que aprimoraram a qualidade e deflacionaram os preços dos modelos populares. Através de consórcios de compra, com mensalidades de aproximadamente R$ 70,00, tornou a motocicleta o único veículo motorizado acessível a quem recebe 3 salários mínimos.
4- A produção nacional foi em 1993 de 70.000 motocicletas, e este ano será de aproximadamente 550.000 unidades das quais 45.000 serão exportadas e teremos 65.000 importadas, conforme declara a ABRACICLO. A produção mundial é de 14 milhões de motos por ano. O aumento de produção de mais de sete vezes em sete anos corresponde à uma expectativa maior, que o Brasil oferece para os próximos anos.
Na cidade de São Paulo deverá ser significativo o aumento percentual de motos no trânsito, alterando o fluxo, os arranques na abertura do semáforo, a atenção dos motoristas com o distanciamento lateral entre veículos, largura de faixas etc. No desenho viário inexiste hoje a preocupação com motocicletas. Este fato uniu os motociclistas, e espontaneamente gerou uma solidariedade entre eles, demonstrada sempre que um acidente de trânsito envolva qualquer um deles. Isto é chocante uma vez que os sentimentos maiores que marcam a metrópole é o anonimato e a falta de solidariedade humana.
Para o conflito existente entre carros e motos, e que deverá ser bem maior, necessitamos de soluções, que tenham a responsabilidade de salvar vidas. Hoje a falta delas já é responsável pelo maior número de mutilações, conforme declara a Ortopedia do Hospital das Clínicas.