Aviões intercontinentais e globalização do relatório apresentado por Vicente Bicudo como Conselheiro Temático de Transportes do "Fórum SP século 21", anterior ao Plano Diretor da Gestão Marta Suplicy.
AVIÕES INTERCONTINENTAIS E GLOBALIZAÇÃO
Em 1906, aconteceu o primeiro vôo do 14 Bis; 60 anos após, em 1967,
voou o Concorde, a mais de 2.500km/h, e desde então, há 33 anos, a aviação comercial
não teve grandes inovações, se preparando para uma grande mudança. Assim, a
indústria aeronáutica está absorvendo a tecnologia aeroespacial sob a
administração da NASA, mobilizando quantidade e qualidade de técnicos como
jamais fora visto na história e desenvolvendo os protótipos que somente nos
próximos meses começarão a ser testados para voarem acima de 25.000 km/h, sem
cozinha ou comissárias de bordo, e com menores bagageiros para acomodar mais
passageiros, poltronas não reclináveis, no máximo dois banheiros. Por motivos
comerciais de eficiência, a indústria aeroespacial americana optou por não
concorrer com o Concorde e se preparar para a nova era com aeronaves
operacionalmente mais econômicas, assumindo pela tecnologia o domínio do
mercado iniciado com projeto SST, apresentando o mockup em 5 de junho de 1970 em Seatle pelo Secretário de Transporte Jonh A. Volpe para aproximadamente 500 líderes do governo. A Boeing subcontratou a ROHR com contrato $ 16.3 milhões para dois conjuntos de propulsão do protótipo SST, associada os projeto a General Electric Company entregou a ROHR nove motores, oito protótipos de motores e um banco de teste destes motores.
Este projeto SST foi metamorfoseado para o Baixa Orbita. Protótipo em escala menor, com motor Pegasus ha 5 anos foi testado, transportado por um B-36 entre Austrália e Califórnia e gerenciado pela NASA com velocidade cruzeiro acima de 20000 km/h. Esta mudança de objetivo foi após os estudos que concluíram que o Concorde e o soviético TU-144 eram economicamente natimortos.
Todo o desenvolvimento de projetos da NASA após os ônibus espaciais Shuttle da NA-Rockwell estão sendo aproveitados no Baixa Órbita, que deverá usar os principais aeroportos existentes.
Este projeto SST foi metamorfoseado para o Baixa Orbita. Protótipo em escala menor, com motor Pegasus ha 5 anos foi testado, transportado por um B-36 entre Austrália e Califórnia e gerenciado pela NASA com velocidade cruzeiro acima de 20000 km/h. Esta mudança de objetivo foi após os estudos que concluíram que o Concorde e o soviético TU-144 eram economicamente natimortos.
Todo o desenvolvimento de projetos da NASA após os ônibus espaciais Shuttle da NA-Rockwell estão sendo aproveitados no Baixa Órbita, que deverá usar os principais aeroportos existentes.
Os pontos mais distantes na
Terra estarão separados por 1 hora de vôo, em que o custo é decolar e
aterrissar, preço único independente se vai de São Paulo a Maceió ou Tóquio,
gastando para isto 15 minutos de hidrogênio, no motor Pegasus que escaneia o oxigênio da atmosfera produzindo água, com 2 tripulantes e não mais 20
horas de petróleo com 12 tripulantes e diversos banquetes. O preço estimado é
inferior a metade dos atuais para linhas como Nova York-Londres, São
Paulo-Paris ou Nova York. Em palestra da Boeing que assisti, quando fui chamado a opinar, falei que o Brasil terá o turista de fim de semana com estrutura como o complexo de Sauípe em Salvador - Bahia.
SP SÉCULO 21
1- O turismo intercontinental pela nova geração de aeronaves acima
exposta, terá um novo e muito maior fluxo de passageiros: o do turista de fim de semana, inicialmente
estimado acima de quinhentos mil de
passageiros por fim de semana, que disputarão nossas praias que são
praticamente únicas no planeta com areia fina e águas quentes. As praias do
nordeste serão mais valorizadas. O DAESP - Departamento Aeroviário da
Secretaria Estadual de Transportes estuda futuros aeroportos em Caraguatatuba e
Itanhaem; porém, se reservarem uma área que ofereça a possibilidade de operar
grandes aeronaves, estarão resguardando o futuro. E este futuro só existirá se
preservarmos nossas Riquezas Naturais, o Meio Ambiente, a Educação de nosso
povo, geração de Empregos e Tecnologia Própria.
Hoje há tempo para nos prevenir desta INVASÃO e do
contraste que existirá entre os transportes oferecidos lá e cá. Nossos
problemas, hoje existentes, estão aqui e nas páginas feitas pelos demais
conselheiros, fundamentos para todas soluções.
2- Nossa Política
de Transportes carece de uma visão e administração multimodal e de compromisso
de retorno econômico para o contribuinte que a sustenta, gerando empregos e
propiciando o desenvolvimento de tecnologia nacional competitiva no mercado
externo. Como por exemplo foram a Cesp e Eletrobrás para os construtores de
hidroelétricas; e o Ministério da Aeronáutica para a Embraer e Helibrás. As
Agências de Transportes, que os governos estadual e federal estão criando,
esperamos que preencham esta lacuna; mas pelo que sabemos, os ingredientes
usados são os mesmos da atual administração.
3- A inadimplência do Estado e descontinuidade de
contratos firmados por FEPASA, RFFSAA, Metrô BH e Metrô RJ, levaram à falência
toda a indústria ferroviária brasileira: Mafersa, Cobrasma e Santa Matilde.
A Cobrasma Osasco era um dos nossos maiores parques
industriais com mão-de-obra intensiva, hoje é um enorme cemitério de carcaças
de metrôs onde só transitam ratos, pombos ou raramente um desavisado credor.
Exportávamos trens como o subúrbio NVTC para Washington e hoje importamos da
Espanha e Alemanha. O Estado, como
pagador incerto, gerou custos financeiros e consequentemente inflacionou os preços dos veículos
metroferroviários, comprados da indústria nacional. Em outros países isto é
crime administrativo, pelo qual o administrador é responsabilizado. Além disto,
com os trens importados o mesmo não acontece, pois os contratos de organismos
internacionais leoninamente impedem o atraso dos pagamentos e a suspensão do
contrato assinado.
4- Para que haja uma verdade fiscal e igualdade de
competição do produto nacional com o importado, a toda e qualquer Concorrência Pública Internacional de
fornecimento de bens ou serviços a um órgão público brasileiro, o Preço
Final de Julgamento deve ser o resultado do preço proposto subtraída toda a
carga tributária que incide sobre o bem ou serviço.
Se for comprado ou contratado o bem ou
serviço importado, o Estado não recolherá diversos tributos, como podem existir
impostos sobre importações. É o estabelecimento da verdade tributária
diminuindo a desigualdade entre o nacional e o importado; porque, ainda assim,
vários tributos são recolhidos antes do pagamento, e ainda fica o que
anteriormente citamos da falta de garantia de pontualidade de pagamentos e de
não suspensão do contratado pela contratante que o importado normalmente tem
garantias. Nenhuma seguradora cobre a inadimplência do Estado, quanto maior o
risco, tanto maior será o coeficiente de segurança nas primeiras parcelas,
inflacionando o preço proposto. O Estado precisa assegurar garantia do
pagamento, o que reverterá em menores preços.
5- Para a importação de qualquer produto, por exigência
das Portarias n.º 8 de 13/05/91 do DECEX e 370 de 28/11/94 do Ministério da
Indústria e Comércio e do Turismo, pelo fato de existir fabricação similar
nacional, há a necessidade do pronunciamento do Sindicato da Indústria que aqui produz artigo similar.
Hoje, pela globalização econômica e predominância do
capital estrangeiro nas principais indústrias brasileiras, o Sindicato Patronal não pode responder
pelos interesses nacionais, cuja diretoria é na maioria composta pelas
indústrias transnacionais, e na decisão de cada representante das mesmas deve
prevalecer o interesse da matriz que é fora do Brasil, como a indústria
química, farmacêutica, eletrônica, automobilística e ferroviária. É mais
adequada e legítima a consulta ao Sindicato
de Mão-de-Obra pelo que representa de geração de emprego e defesa dos
interesses da indústria nacional. Neste sentido precisam modificar as portarias
acima citadas.
O nascedouro ideal de soluções para São Paulo Século XXI tem como local
aqui; a hora é esta e as decisões cabem somente aos senhores.
... O século que termina iniciou-se indo-se à Europa de vapor que
também propulsionava os trens que construíram a geografia deste Estado, e ia-se
para casa por tração animal. Santos Dumont, em 1907, ao fazer o primeiro vôo do
14 Bis não poderia imaginar um aeroporto como Cumbica que, após dez anos de sua
inauguração, tem movimento duas vezes maior que sua expectativa máxima ...