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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ônibus Caio Gaivota - 1968

A Companhia de carrocerias de ônibus Caio em 1964 tinha suas atividades industriais na Rua Guaiaúna na Penha, fundada por José Massa que iniciou junto com a Grassi de Carrocerias e com os irmãos Striuli às atividades de carrocerias de ônibus em São Paulo. Décadas depois mudaram a Caio para Botucatu.
Em 1968 eram proprietários da empresa rodoviária Única, tendo uma das concessões de operar Rio-São Paulo onde disputava o mercado com a Cometa, então usando ônibus GM Coaching, e o Expresso Brasileiro também com ônibus importados dos EUA. A Caio entrou na disputa do mercado com o ônibus Gaivota por ela desenvolvido pelo engenheiro arquiteto Rosa formado na primeira turma da FAU-USP. Este ônibus foi o maior sucesso do salão do Ibirapuera considerado o salão do ônibus, quando também entrou no mercado de chassis a Magirus Deutz, tendo a frente ex diretor da Mercedes Benz. O Gaivota - Caio tinha as paredes acolchoadas como pode-se ver detalhe no teto na foto abaixo, bagageiro tipo de avião, sanitário, e as poltronas Teperman do Bicudo com cinzeiro, porta revista tipo avião, cinto de segurança e na área de maior transpiração do assento e cabeça o tecido lançado no Galaxy da Ford com fios metálicos. 
A Caio tinha concessão de linhas urbanas na baixada santista, onde operava com liderança no mercado. Com a morte do sr. José Massa sucedeu-o o filho Luiz, sucedido pelos genros.
Em 1967, quando Bicudo lançou sua linha de poltronas rodoviárias aparafusadas no piso, sr. José e Luiz Massa, chamaram Bicudo para ver na fábrica na Rua Guaiaúna que suas poltronas aparafusadas no piso salvaram as vidas dos passageiros do desastre em que dois ônibus em sentidos opostos se tocaram lateralmente arrancando toda a lateral das duas carrocerias. O outro ônibus que não era Caio tinha as poltronas presas na lateral e ficaram os passageiros prensados uns contra os outros, fatal para a maioria destes. Foi um momento que justificou o trabalho feito.
Em outra ocasião, Luiz Massa e Rugiero chamaram Bicudo para analisar um desastre rotineiro no Viaduto das Almas, próximo a Belo Horizonte em que um ônibus rolou pela encosta chegando embaixo inteiro, porém as poltronas se soltaram do piso e o ônibus qual um liquidificador triturou matando os passageiros. Anteriormente, desastre análogo aconteceu com ônibus Caio em que as poltronas Teperman não se soltaram e foram salvas as vidas dos passageiros.