Transcrição do improviso
11.01.97 - Campo Grande - MS
Comemoração das Bodas de
Diamante de nossos pais
Antônio de Pádua Soares Bicudo e Elza de Almeida Borges Bicudo
Maria Elza (terminando de tocar piano):
-
Agora vamos ouvir algumas palavras do Vicente . . . Vicente, fale.
Vicente:
-
Interromper Maria Elza tocar
piano, é um crime! Toque mais Maria
Elza, todos preferirão.
Falar depois que Maria Olívia falou
e falou tudo, é difícil.
Ainda
vivo a emoção, de quando há pouco na igreja, cantamos juntos "Lar, Meu
Doce Lar", tradução de "Home Sweet home".
Dentro daqueles poucos minutos passou-me uma
infinidade de lembranças que juntos vivemos.
Era
pequeno e Bing Crosby cantava "A
House is not a Home", "Uma Casa não é um Lar".
Uma casa até comprei,
mas um lar, não se vende,
não
se aluga,
não
se empresta ...
Se constrói e se mantém com lutas, muitas.
Às vezes até consigo mesmo.
Há que se ter desprendimento.
LAR MEU DOCE LAR
Só entendí quando percebí que tudo
que fiz, fíz apoiado na retaguarda que esta dupla nos deu: UM LAR.
LAR MEU DOCE LAR
Para se construir é preciso
capacidade individual de ambos e o mais difícil: a capacidade conjunta dos
dois.
É difícil, e mesmo àquele que como
eu conviví, e conhecendo a receita, só conseguí reproduzir por apenas seis
anos.
Fui privilegiado pelo LAR que eles
me deram de retaguarda.
Sou privilegiado em ter este LAR que
hoje faz 60 anos provando que a felicidade existe e é possível; alimentando a
Esperança que carrego.
A aqueles que têm um Lar, lutem por
ele.
A aqueles que têm a esperança, ainda
que seja pequena, uma luz no fim de um túnel, lutem, lutem pela felicidade que
é o objetivo maior na vida; o resto, é o resto.
LAR MEU DOCE LAR
O nosso, hoje celebra 60 anos, e
todos nós damos a vocês dois: PARABÉNS!
Pelo meu LAR que me apoiou, e que
pelo exemplo arde a chama da esperança, a vocês dois: MEU MUITO OBRIGADO.