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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Circulação Urbana


A circulação integrada enfocada no usuário.Prof. Arq. Vicente de Paulo Borges Bicudo

A circulação urbana é muito mais que o transporte de cargas e de passageiros. Alheios e resistentes a inovações, além de defesas de interesses e de privilégios de antigas e tradicionais “parcerias (informais) públicas em (reais) benefícios de empresas privadas”, os modos de transporte são conservadores.  No setor de cargas como no de passageiros o usuário se amolda às condições de maior lucratividade dos transportadores, incluindo-se a qualidade dos veículos e os modos de transporte. A transferência entre modos de transportes desconsidera as diferenças operacionais das partes, agravado pelas diferentes administrações de níveis diversos de governo, desfavorecendo o usuário, principalmente do transporte de pessoas, com gastos elevados em tempo e tarifas. Chegou-se ao absurdo do usuário do transporte coletivo pagar mais e gastar mais tempo que o usuário do transporte individual em deslocamentos similares.
A circulação de energia elétrica tem as linhas de transmissão de alta tensão em faixas próprias, excepcionalmente ocupando o espaço das vias públicas. As redes de media e baixa tensão, por sua vez ocupam em sua maioria o espaço público das ruas. As perdas de energia na rede de distribuição em média e baixa tensão, se proporcional ao percurso, devem ser elevadas. Teriam melhor desempenho se instaladas em trajetos de menor percurso, em linhas subterrâneas com a vantagem de serem menos vulneráveis a atos de vandalismo.
Líquidos e gases circulam em canos e dutos ainda de forma limitada ao saneamento e energia. Tubulações de gás natural estão se expandindo com rapidez. Dutos para outros produtos líquidos podem ser implantados e deve-se pensar em pequenos volumes e em produtos a granel. 
A circulação de pessoas vai além de metros, ônibus e automóveis, estendendo-se por ruas de pedestres, em alguns casos com VLT ou VLP, e por escadas rolantes e elevadores.
As bagagens dos viajantes acompanham os passageiros nos veículos sem que se disponibilizem serviços de transporte de bagagens, como forma de liberá-lo para o uso de transporte público, ou de dar continuidade a outra atividade a partir do terminal de passageiros.
Os elevadores de prédios de grande porte poderiam parar ao nível da plataforma de transportes de massa ou coletivo, assim como as escadas rolantes e os elevadores de centros de compra.
Vias de circulação, modos de transporte e tipos de veículos devem constituir um projeto harmônico onde os custos, conforto, segurança e tempo de viagem do percurso total sejam adequados.