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segunda-feira, 2 de abril de 2012

CAU: OS LIMITES DA PROFISSÃO E DIREÇÃO DE OBRA


1-        Texto coerente com "Desenho Industrial exige adequação", publicado no Jornal Arquitetos / IX Congresso Nacional de Arquitetura na Bienal, Ibirapuera, São Paulo.

2-        Na profissão têm que ser definidos os limites, nas exigências e na diferença entre o arquiteto e o desenhista industrial, ou designer. Pelo outro lado, a que se assumir as prerrogativas legais da lei do CAU quanto a planejamento territorial em relação ao economista.
Desde Delfin Neto, Ministro do Planejamento, qualquer coisa de planejamento é dirigida pelos economistas.
Limites nos direitos profissionais, quanto ao planejamento está bem definido de direito nas leis do CAU, faltando torná-lo de fato.
Quanto ao Design envolve o maior mercado de construção no país, que é a habitação popular. Pelo artesanato do tijolo e da telha, o BNH gerou "Vila Kenedy", "Cidade de Deus", etc. tão bem apresentado no filme "Central do Brasil". É um tipo de acampamento militar, nostálgico, deprimente, e não feito para o homem ter um lar.
Nosso crescente déficit habitacional criou o maior mercado do país, potencial para um grande investimento industrial, conforme por vezes debati com o eng. Plínio Asman, que quando presidente da COSIPA desenvolveu uma casa pré-fabricada. Tenho um slide em que numa "free-way" meu carro a 130 km/h é podado por uma jamanta carregando uma casa pré-fabricada, prontinha, com uma seta enorme indicando a chave dependurada.
Acompanhei a comitiva do milionário indu Tatá, que quer aqui fabricar o hoje carro mais barato do mundo. Para o que estava comprando a usina siderúrgica de Tubarão, onde ao contrario das outras montadoras, não dependerá de terceiros no aço nosso, que já é significativamente também dos chineses. Este indu, lá sócio da Marcopolo na fabricação de ônibus, também está de olho no déficit habitacional da Índia.
Após lerem o artigo citado no item 1 definam os limites entre o designer e o arquiteto no maior mercado de trabalho do país.

3-        A universidade formada pela soma de faculdades tecnocráticas sem integração com as demais, não faz a formação para a realidade, onde os diversos profissionais com diferentes formações se integram no mesmo trabalho.
Hoje, os trabalhos em equipe nas faculdades de arquitetura, são equipes com somente estudantes de arquitetura, diferente do que na vida profissional em que o arquiteto trabalha com especialistas de formações diversas.
A faculdade de arquitetura deve iniciar um processo de integração de especialidades. Este defeito encontrei em todos os países, embora em todos eles tenham a mesma necessidade.
Esta falta de preparo pela universidade gera baixa eficiência na vida real.
Ser arquiteto, criador e coordenador dos projetos complementares é o mais apropriado para dirigir a obra como criador a cuidar da criatura.
No Brasil, diferentemente de outros países a direção de obra não é exercida pelo arquiteto. É um campo profissional a ser desenvolvido pelo CAU e reintroduzir as matérias de prática e administração de obra no ensino, o ministrado pelas faculdades é insuficiente.