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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Alguns dos 30 Problemas Estratégicos ao Desenvolvimento Nacional


Por Vicente Bicudo entregue pessoalmente ao Dep. Fed. Ricardo Zarattini Filho antes dele assumir a chefia da Casa Civil do Presidente da República Lula.

1-      Exploração de petróleo dentro das 200 milhas:
A teoria do prof. dr. Vicente Marotta Rangel virou lei nacional, protocolo reconhecido por vários países, exceto pelos maiores importadores de petróleo, como EUA e Inglaterra.
A exploração além das águas territoriais de reconhecimento daquelas potências, e dentro das 200 milhas não deve ser concedida a firmas que não a Petrobrás.
É necessária uma revisão das concessões assim feitas recentemente pelo Brasil.
Uma companhia americana ou inglesa que tenha concessão dentro desta área pode, a posterior, justificando estar em águas internacionais, não pagar impostos ao Brasil, remeter o petróleo extraído diretamente ao exterior, e requisitar proteção militar aos EUA.

2-      Os minérios Césio, Lítio, Nióbio, e Quartzo
São imprescindíveis à indústria eletrônica.
O Brasil é o maior exportador, e sendo a África do Sul também exportadora destes minérios, conversei com seu embaixador que demonstrou interesse num entendimento que controlasse os preços e induzisse a industrialização no país de origem para posterior exportação.
É fundamental lembrar o episódio do quando Severo Gomes era Ministro do Governo Geisel e determinou o aumento de preço em mais de dez vezes. No dia seguinte, ao chegar em seu gabinete, encontrou, já o esperando, cinco embaixadores dos principais importadores que não questionaram o aumento havido,mas sim se preocupavam pela não interrupção do fornecimento.
Severo Gomes sempre falou-me que estes minérios tinham que ser para o Brasil o que o petróleo é para o Oriente Médio.

3-      Minério é finito e podemos estar exportando o que amanhã precisaremos importar
É necessário o Governo fazer uma projeção de demanda para os próximos cem anos, no mínimo, e como os EUA, estabelecer uma Reserva Estratégica.
As gerações futuras não deram procuração para desfazermos hoje do que será necessário à eles amanhã. As montanhas de manganês da Serra do Navio, hoje substituídas por crateras que dimensionalmente talvez encontraremos só na Lua, é o que já temos no Amapá e que não enriqueceu em nada nosso povo. Se precisarmos importar não vamos encontrá-lo em estado bruto e muito menos pelo preço que vendemos.
Necessitamos conferir o que está sendo exportado realmente. A areia monazítica e o Tório da Baía de Paranaguá foram levados como lastro de navio, gratuitamente, sendo que o grama destes minérios vale mais do que ouro.

4-      Proibir a exportação de madeira de lei não industrializada
Madeira simplesmente serrada não pode ser considerada industrializada.
Antiga reivindicação do Sindicato dos Marceneiros e Tapeceiros de São Paulo.
Criar a necessidade das indústrias de móveis italiana e alemã parcialmente se transferirem para o Brasil.

5-      Reativar o programa aeroespacial brasileiro
A compra por empresas americanas da Villares e Eletrometal, produção e tratamento térmico das carcaças dos veículos lançadores de satélite VLS, tem que ser melhor examinada. Coincidentemente sucedeu a explosão do VLS no primeiro teste subseqüente. Nunca, até então, fora registrado tamanha falha no programa Sonda.
A pressão pelo programa de aposentadoria voluntária dizimou a equipe e o projeto aeroespacial paralisou. É necessário criar incentivo que permita o retorno da equipe, que custou tempo e dinheiro para a Nação formá-la.

6-      Reativar pesquisas prioritárias à economia e desenvolvimento
Pelo programa de demissão voluntária e restrições de verba à pesquisa, está paralisado no CTA o projeto de enriquecimento do Urânio por raio laser, dezenas de vezes mais econômico que o atual em produção.
A economia gerada na pesquisa é infinitamente inferior à economia que esta propiciaria no que hoje pagamos.


Dentre outras atividades, Vicente Bicudo exerceu:

2001    - Como Assessor para Assuntos Estratégicos da CGT - Central Geral dos Trabalhadores, foi debatedor na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados: "Planejamento Industrial e o Programa FX";
            - Membro da Comissão de Energia e Transporte da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo - Fórum SP Século 21;
            - Palestra no CTA - Centro Técnico Aeroespacial: "Desenvolvimento Tecnológico Nacional: Pontos Vitais" para a Comissão do Projeto da Indústria Naval e Aeroespacial;


1981   
    a       - Conselheiro da Fundação Pedroso Horta - PMDB
2000


1972    - Palestra para prefeitos, juízes de Direito, diretores de Faculdades e chefes de Guarnições Militares, tornada "Ordem do Dia" para toda a 2ª Região Militar: Ocupação Amazônica;


1970    - Projetou e exportou do Brasil, como único fornecedor dos bancos        
           dos carros 
  a       de passageiros dos metrôs de Washington, San Francisco e Los Angeles 
           – EUA;
1995    - Projeto dos bancos dos trens TATOA – Toronto – Canadá;
          - Projeto dos bancos da tripulação dos ônibus espaciais, ainda em 
            operação, para a NA Rockwell, para a NASA.